segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Avaliação Fiat Linea Essence, Parte 4 - Na Estrada II

Nos moldes da avaliação do Fiat Uno Vivace, confira abaixo como foi o comportamento do Fiat Linea Essence em uma estrada de mão dupla.

Valente motor E.TorQ. Foto: Marcelo Silva

3. BR-101 Norte

Bem como nas últimas situações que relatei, o desempenho do Fiat Linea voltou a se mostrar satisfatório, desde que o câmbio seja bem trabalhado e as rotações do motor estejam sempre altas nas condições aonde faz-se necessário um desempenho maior.

O comportamento do carro foi muito similar, esteja este vazio ou carregado. O motor 1.8 16V pouco sente o peso extra nas ultrapassagens, assim como a suspensão ótima não reclama de ter que equilibrar uma massa maior nas curvas ou nas ondulações da estrada.

Se precisar realizar uma ultrapassagem, não há muito mistério, basta subir a rotação para 4.000 RPM, reduzindo uma ou duas marchas, e então acelerar com dedicação, que o Linea não irá lhe decepcionar. Abaixo dessa rotação, o torque máximo ainda não estará disponível e o carro não vai ter força suficiente para uma ultrapassagem em tempo e espaço curtos. É uma pena que o corte de giros ocorre tão cedo, em torno das 5.800 RPM, sendo que a potência máxima foi alcançada poucos RPM abaixo dessa marca.

Reforço que o carro possui um isolamento acústico muito bom, possibilitando aos passageiros curtir a viagem com tranquilidade durante a maior parte do tempo. O silêncio apenas era quebrado pelo ronco sedutor do motor em altos giros durante as ultrapassagens. Apesar do Cx de 0,33 ser um pouco alto para um sedã, os ruídos aerodinâmicos não atrapalham em velocidade de cruzeiro e o carro flui bem.

Nessa avaliação, tive a oportunidade de conduzir o modelo à noite, aonde o bom conjunto de faróis com dupla parábola fez a diferença. Foi o único momento em que eu não me senti ao volante de um Fiat Punto olhando para a frente, afinal os faróis de parábola simples do hatch devem muito para esses excelentes faróis que equipam o Linea. Fez falta a luz traseira de neblina, principalmente em uma situação aonde ela foi realmente necessária.

Inclusive foi à noite na estrada que pude testar o comportamento dinâmico do Linea bem a fundo. Em uma curva de raio bem longo, eu seguia a uns 60 km/h quando avistei um Honda Fit no sentido contrário "saindo de frente" em grande velocidade na minha direção. O motorista do Fit freou, o que fez com que ele viesse de encontro a mim. Numa questão de segundos, me aproveitei do ABS e fiz uma manobra evasiva à direita, pisando no freio e desviando. Fui agraciado pelo Linea com o seu exemplar comportamento dinâmico, sem assustar.

Consumo médio. Foto: Marcelo Silva

Para concluir, o consumo médio nessas condições foi de aceitáveis 9,0 km/l. No próximo post, ficaremos com as considerações finais sobre o modelo bem como sua ficha técnica.

Marcelo Silva

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