terça-feira, 1 de maio de 2012

Avaliação Chevrolet Cobalt LTZ, Parte 4 - Considerações Finais

Mais ou menos na mesma época em que saía de linha o Ford T, eu comecei a avaliação sobre o Chevrolet Cobalt LTZ. Depois das impressões iniciais, impressões na cidade e na estrada, chegou a hora das considerações finais, visando possibilitar ao consumidor escolher o modelo como seu próximo carro ou então partir para outra opção.



Ainda novidade no mercado nacional, o Chevrolet Cobalt vem se tornando figura fácil nas ruas. Quando lançado, seus concorrentes diretos eram Renault Logan e Nissan Versa, que logo foram superados nas vendas. Hoje em dia ele enfrenta também a concorrência do belíssimo Fiat Grand Siena, mas ainda não foi possível analisar qual o tamanho da fatia do mercado que o concorrente italiano irá levar. Logo o VW Voyage passará por um face-lift, mas vai continuar pequeno demais para lidar com o Cobalt.

Custando a partir de R$ 39.980 na versao LS, passando para R$ 43.780 na versão LT e chegando até R$ 46.480 na versão LTZ, avaliada por nós, o Chevrolet Cobalt é ligeiramente mais caro do que as versões mais caras de Renault Logan e Nissan Versa, mas é bem mais em conta do que o Fiat Grand Siena Essence mais completo.


O nível de equipamentos é bom, com destaque positivo para o excelente rádio. No mais, nada muito melhor do que o oferecido por seus concorrentes. O espaço interno é fantástico, superando até o espaço de muitos sedãs médios do mercado. E inclusive é melhor do que o espaço oferecido por seus concorrentes diretos. Apenas o Nissan Versa chega perto nesse quesito, mas fica devendo em espaço para a cabeça nos bancos traseiros.

Com ampla oferta de porta-objetos, porta-copos e afins na parte dianteira, é de se estranhar que na parte traseira essa oferta não se repita. No máximo os passageiros de trás podem se aproveitar dos porta-copos no console central, ou dos porta-revistas atrás dos bancos, mas nada mais. Ainda sobre o banco traseiro, ele é muito plano no encosto e no assento, deixando os passageiros meio soltos, trazendo um ligeiro desconforto em curvas.


O calcanhar-de-Aquiles do Cobalt é seu motor 1.4 Econo.Flex, com pouca oferta de torque para empurrar o veículo de forma satisfatória. Na cidade, com Etanol, o bom escalonamento de marchas do delicioso câmbio até permite certa agilidade. Mas na estrada, o desempenho fica aquém do esperado e perde feio para os motores 1.6 16V de Nissan Versa e Fiat Grand Siena. Quanto ao Renault Logan, seu motor 1.6 8V oferece mais torque, mas o desempenho é similar ao do Chevrolet Cobalt, compartilhando a falta de ânimo na estrada.

Diante desses últimos fatos e também de predicados como embreagem macia, câmbio de engates suaves, silêncio à bordo, banco confortável para o motorista, bom sistema e som e ar-condicionado satisfatório, o Chevrolet Cobalt pode ser eleito como um bom companheiro caso o seu uso seja predominante na cidade.

Apesar do porta-malas gigantesco, a falta de força desanima qualquer pai de família a entupir seu carro de gente e bagagem para pegar a estrada, sob pena de passar por momentos estressantes em qualquer subida ou ultrapassagem. Se você costuma pegar a estrada com frequência, sempre com lotação máxima, e gostou do Chevrolet Cobalt, espere pela versão 1.8 que será lançada em breve. O preço ainda é uma incógnita, bem como as especificações técnicas de motor e câmbio, mas mesmo assim esse propulsor deverá dar ao Cobalt a força que ele merece.

Ficha técnica e outros detalhes podem ser encontrados aqui.

Texto e Fotos: Marcelo Silva

4 comentários:

  1. Marcelo,
    Concordo com você e, digo mais, não consigo entender a lógica de se lançar o Cobalt, assim, com motor inadequado para o uso na estrada. Um carro deste tamanho deveria ter outra opção de motor, mais potente, como você comentou, pois seria um sucesso imenso, de cara. Se está vendendo bem, imagine-se como seria se o lançamento com ambos os motores fosse simultâneo. O design do carro não me agrada, já que prefiro os hatches, mas o seu sucesso é inegável. Parabéns pela sua análise. Márcio/SJC

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  2. Sou proprietário de um Cobalt e não consigo entender as afirmações sobre motor fraco do veículo. A Montana e a Meriva são mais pesados que o Cobalt e rodam muito bem com o motor 1.4 e o Cobalt não foge a regra.
    Aliás o Cobalt LTZ pesa 1070 kg. É a valor similar a maioria dos veículos. Comparado a que carro ele é "pesado"? ao Celta?? Só se for, pois pesa praticamente o mesmo que o Gol, Punto, C3, Idea, Fiesta, Palio... (carros inclusive que possuem motor 1.0 ou 1.4 de menor potência que o motor da GM)
    O motor é adequado sim para o carro, tanto para a cidade como para a estrada. Basta o motorista saber guiá-lo e também o proprietário aguardar o motor do carro amaciar (rodar pelo menos 2000km) para que o motor apresente um melhor desempenho.
    No mais excelente e caprichada avaliação. Parabéns.

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    Respostas
    1. Olá amigo. Obrigado pelo comentário.

      O Cobalt em si é um carro leve, a Chevrolet fez um ótimo trabalho mantendo o carro com menos de 1.100 kg. O problema do motor 1.4 é devido à proposta do carro, com seus 5 espaços bem amplos, além do porta-malas, que convidam o motorista a encher o carro com pessoas e bagagem. Nesse caso ele se torna pesado demais para a força do motor.

      Apesar do bom câmbio e da boa potência, faz falta um pouco de torque, principalmente na estrada. Em subidas e carregado, o Cobalt fica meio tímido, mesmo com reduções de marcha.

      E apesar de ser mais leve que seus concorrentes, ele é mais fraco. Só o Fiat Grand Siena 1.4 e o Renault Logan 1.0 conseguem ser pior. O Renault Logan 1.6, por exemplo, tem um motor menos potente, mas a oferta de torque é maior, que dá um desempenho um pouco mais satisfatório com o carro cheio.

      Abraço.

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    2. OK Marcelo
      Na média em que rodo com o carro, de vez em quando lotado, o motor dá conta. Com um pouco de hábito e com o motor já amaciado dá pra viajar tranquilo, assim como trafegar na cidade. O câmbio bem ajustado do Cobalt facilita muito sua dirigibilidade.

      Destaco que o conforto proporcionado pelo silêncio do carro é fantástico. A isolação acústica merece elogios a GM. Outro aspecto importante é a segurança que o Cobalt oferece, com boa estabilidade e freios ABS que funcionam muito bem. Isso foi fundamental para que optasse por adquirir um Cobalt LTZ. A questão da motorização para mim ficou em segundo plano, acho que o 1.4 de 102cv suficiente.
      Não sei se por questão dos valores adquiridos com a idade, a segurança e o conforto do carro passam a influir mais na escolha do que uma motorização mais forte.
      Continuarei prestigiando sua página na internet. Parabéns

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